- Recriação de ancestral faca produzida por prateiros de Sorocaba ao tempo da efervescência do Caminho de Viamão e pleno funcionamento da Real Fábrica de Ferro de Ipanema no final do século XVIII e curso do XIX.
- Esta recriação foi inspirada em facas tipicamente sorocabanas, que porém não guardam referência com seu atual reconhecimento de designação de primeira lâmina de “design” genuinamente brasileiro, empregada em facas, facões e até pequenas espadas, que possuíam lâminas com lâmina geralmente enterçada e suave elevação em seu terço final. Caraterístico cabo com pomo inclinado para baixo, costumeiramente finalizado com o olho de galo.
- No primeiro quarteirão do século XVIII encontravam-se estabelecidos em Sorocaba, inúmeros prateiros, quando seu ofício trouxe ao lume criações soberbas normalmente emoldurando lâminas ora similares às mediterrâneas, ora da florescente Solingem.
- Tem-se notícia de dois exemplares devidamente documentados, tanto no livro “Os Ourives na História de São Paulo” de Maria Helena Brancante, à página 171, como em “El Gaucho y sua Cuchillo” que trata da coleção de Samuel Setian, na página 48.
- Tratam-se duas facas que em suas bainhas trazem gravados em reserva os anos de 1841 e 1843.
- Com cabos e bainhas confeccionados em prata e ouro e até mesmo a cravação de diamantes, demonstram o requinte que já era comezinho aos Barões ou Patrões.
- ponteira de bainha COM DELFINS E MARGARIDA MINEIRA
- agarradeira ou gancho com MARGARIDA MINEIRA E APLICAÇÃO DE CHAPA DE OURO
- Finamente cinzelada e burilada com aplicação de anéis de ouro 18 quilates tanto na moldura do bocal como nas intersecções das seções do cabo
- comprimento com bainha 40 cm
- comprimento da faca 37 cm
- lâmina em aço carbono 5160, dureza Rockwell C: 57-59
- botão esférico
- comprimento 24 cm
- largura no ricasso 3 cm
- espessura no ricasso 4 mm
- contrafio no dorso no último terço
- cabo e bainha em prata 900, com aplicação de placa de ouro 18 quilates